quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Nas Asas do Sonho


Hoje sonhei... não que seja algo inédito, sonho todas as noites. Mas hoje foi diferente, não acordei cansada a fugir de imagens tortuosas que teimam em perseguir-me, imagens sem sentido, que são pedaços de mim que pretendo esquecer. Quero voltar a acreditar. Não quero estas imagens! E hoje elas não vieram, hoje foi diferente.
Hoje, naquele momento entre o acordar e o "só mais um bocadinho", enrosquei-me, senti-me bem, senti-me feliz e naqueles segundos revivi o meu sonho.
Era um sonho de cores que me aqueciam: o azul da água era um bocado de céu, penso que se confundiam, a areia já dourada era acariciada por um sol de um amarelo muito vivo. Contrapondo-se ao azul e aos dourados, recortado, no horizonte, o verde de uma selva que se adivinha tropical e que promete frescura se o calor for demasiado.
Um sonho de paz: o meu corpo abandonado sobre a areia aquecida pelo sol, não tem medo de se abandonar, aqui não há lugar para receios, terrores ou perseguições.
Um sonho de carinho e paixão. Uns dedos que percorrem o meu corpo com a delicadeza de quem sabe o que faz e com a ternura de quem sabe a fragilidade do corpo e da alma que esses dedos tocam. Da paixão que nos consome em momentos que se tornam inesquecíveis e que sendo apenas momentos são eternos.
Lembrei-me de tudo isto no momento entre o "quem me dera não ter que me levantar" e o "já estou a ficar atrasada". Recordei tudo isto entre as asas do sonho e a crua realidade do dia-a-dia.

4 comentários:

  1. Conheço esses sonhos, esses espaços perdidos entre dois tempos que se queriam juntos...

    Gostei do teu espaço e volto.

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  2. Obrigada,Princesa! Volta sim, serás sempre bem-vinda!

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  3. Que nos final ao menos nos restem os sonhos :)

    Beijos

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  4. Pois, LBJ, sonhar faz bem, nem que seja só por nos trazer aquele momento fugaz de bem-estar.
    Beijinhos.

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