quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Feliz 2010




Não pretendo vir com discursos, venho apenas desejar-vos um 2010 à medida dos vossos desejos, enviar-vos um grande beijinho e dizer-vos que um dos bons momentos deste meu ano foi ter-vos conhecido.

Não esqueçam as boas superstições para a passagem de ano:




E divirtam-se muito!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Feliz Natal




Recebi hoje um mail de uma Associação de Pais, de quem tenho uma boa impressão, não sei bem como mas fui parar à sua lista de e-mail e recebo as notícias da Associação com uma pontualidade que em agradou, pelo esforço que demontra e pelas iniciaticas que apresenta e actividades, a favor das crianças,que divulga. Acho que é falta de hábito! Hoje enviaram-me o seguinte link:http://www.youtube.com/watch?v=nhxf2Xg4xGc.Fui ver e fiquei a pensar no assunto, de facto, vivemos numa época de consumismo, mas, e esta é só a minha opinião,esta história de que se está a perder o espiríto de Natal, não é mais uma frase feita? Porque eu conheço pessoas, já bem entradotas, se me permitem a expressão, que nunca passaram um Natal daqueles que a Pronúncia do Norte falava ontem (desculpa Pronúncia referir-te sem autorização), daqueles que eu sempre ti e as razões são várias, desde o não se darem com a familía ( o que é triste) até ao não querem gastar dinheiro ( uma espécie de consumismo ao contrário, se é que me entendem), o que é tão triste ou mais, neste caso são pessoas incapazes de afectos, pessoas a quem "falta um bocado", digo eu, essencial. Mas isto são frases soltas, comecei por querer enviar-vos apenas os votos de festas felizes e fui divagando, mas já está, já está. Já agora, o Natal não começou logo com uma insinuação de consumismo? Então os três Reis Magos não levaram uns presentinhos ao Menino, poderiam, se já houvesse Continente e toys'r'Us,ter levado a PS3, ou qualquer coisa do género,mas não havia e levaram aquilo que tinham, a julgar, pelo que ainda me lembro das aulas de RM, eram ricas prendas. Afinal o consumismo, começou agora ou não? Bem comam muitas filhozes, Papos de Anjo, o que vos apetecer e aproveitem bem a vossa familía. Beijinhos.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Talvez Freud explique


Este gosto que eu tenho de me perder por entre a multidão.De calcorrear as ruas, de andar nos transportes públicos (sim mesmo correndo o risco de apanhar a Gripe A). Gosto das primeiras horas da manhã quando as pessoas se dirigem para o seu emprego, gosto do anoitecer quando as luzes se acendem. Gosto de me perder no meio das pessoas, olhar os seus rostos e tentar adivinhar as suas vidas! Aquele casal, será tão feliz, como aparenta? Aquele homem é realmente assim tão sisudo ou sabe ser interessante, contar uma boa história, dar uma boa gargalhada.É uma qualidade que eu aprecio: que me façam rir, não o fazer palhaçada,mas aquele humor inteligente, dito na altura apropriada.Provavelmente, não me faço entender, nem eu própria me entendo hoje,mas estou assim: fim-de-semana grande, Lisboa, os amigos à espera, mas apeteceu-me perder,porque é segunda-feira e nem toda a gente fez "ponte"como eu.Andei de eléctrico, fui até aos Jerónimos, de manhã, a maioria das pessoas com o ar de que "graças a Deus, amanhã é feriado", outros com ar de quem deveria ter ficado em casa.Vim a pé até à Junqueira, adoro aquelas ruas, aqueles antigos palacetes, convidam-me a imaginar vidas passadas, as tristezas, as alegrias, os nascimentos, as mortes. Adorava entrar na maioria deles e vê-los por dentro.Apanhei o autocarro e desci no Cais do Sodré. Lá fui à Ribeira beber um Nespresso e comer uma léria(ai o meu colesterol). Pronto, mais uma confissão:sou gulosa e se forem doces conventuais, ainda por cima...Subi e desci aquelas ruelas, passei pela rua de S.Paulo, e subi até ao Largo de Camões, passei o resto da tarde com uns amigos e voltei para casa.Do terraço dos meus pais, quase um miradouro( se bem que ache que deveríamos dizer Miratejo, mas isso são outras histórias),vejo as luzes a acenderem,e imagino que naquele 1ºesq, do prédio amarelo vive uma família feliz, os filhos chegaram da escola e contam aos pais o seu dia, os pais também falam do seu trabalho,e então começam as tarefas normais. A mãe prepara o jantar, a filha mais velha põe a mesa o pai dá banho ao mais novo e veste-lhe o pijama.Nah, demasiado idílico. Do outro lado da rua vive aquela jovem de ar embirrantemente intelectual, aquela que entra no minimercado e nem Bom-dia diz, sempre de nariz empinado:é uma infeliz, não tem amigos, nunca recebe visitas,come refeições congeladas e passa a vida sózinha, ligada ao computador, a amigos distantes que não conhece,mas gosta de criticar, porque é esse o seu feitio, ou então que gosta de bajular, porque só assim consegue fazer amigos:à distância, sem ter que se dar, sem ter que confiar. Agora imagino que eu sou ela: também estou aqui a escrever, num acto tão solitário como andar perdida na multidão, também o estar aqui a relacionar-me com ninguém, faz com que não precise de me dar, que não precise de voltar a confiar.A única coisa que nos torna diferentes é o eu gostar de sorrir e de dizer Bom-dia, no Minimercado,mesmo que não conheça D.Maria.