
Apesar de tudo pelo que passei nunca considerei ter grilhetas, nunca achei que tinha jugo. Talvez seja sinónimo de burrice, talvez por isso a situação se tenha arrastado
tantos anos.
Porque nunca me coloquei a questão? Porque o meu espiríto era livre, sempre foi livre! Mesmo nos momentos em que o desamor correspondia ao meu amor, nos momentos em que a humilhação correspondia à minha paixão, o meu espiríto era livre:ele via e observava,ouvia e escutava. O meu espiríto livre, foi crescendo, foi-se fortalecendo, foi perdendo a insegurança (isso sim, acredito que o meu espiríto era livre mas inseguro, talvez um pouco sonhador).
Hoje,sinto-me uma mulher mais resolvida, hoje, sem ti, sinto-me uma mulher feliz, finalmente feliz. E o meu espiríto livre abraça com paixão,a minha familía, os meus amigos, as minhas causas, as minhas lutas, hoje vou até ao fim porque já não há insegurança. Porque o meu espiríto é, hoje, um espiríto livre e apaixonado pela vida, evoluiu, cresceu e ficou mais forte.